As Quatro Nobres Verdades
( ver também ) vídeos no final da página

A verdade sobre a existência do sofrimento
Verdade sobre as causas do sofrimento
Verdade sobre a existência da felicidade
Verdade sobre o caminho a seguir

O Caminho Óctuplo

O Caminho do Meio também é chamado de Nobre Caminho Óctuplo, porque compreende oito divisões, cujo desenvolvimento deve ser perseguido simultaneamente.
- compreensão correta
- pensamento correto
- discurso correto
- ação correta
- modo de vida correto
- esforço correto
- atenção correta
- concentração correta
Estes oito ramos permitem desenvolver e aperfeiçoar os três elementos principais do treino e da disciplina budistas:
- conduta ética (shila)
- disciplina mental (samadhi)
- sabedoria (prajna)

Impermanência

Princípio fundamental do budismo, aplica-se a todas as coisas que, nas suas correlações gerais e constantes, se encontram em perpétuas transições de estado.
Este carácter mutável e transitório de toda a existência chama-se "impermanência". É uma realidade universal, presente no mundo, nos seres e em todas as situações. A impermanência torna possível o nascimento, a morte, a vida e o conhecimento; é também o que nos faz morrer.

Interdependência

O ensinamento de Buda, o dharma, ensina-nos que tudo é interdependente: o que somos e o nosso mundo, tudo o que existe e tudo o que é conhecido. Não há nada, nenhuma experiência ou conhecimento, que não esteja dependente de outra coisa!
Além disso, o que somos enquanto indivíduos é também encarado pelo Dharma como um conjunto de elementos em interação. Num primeiro nível, comummente aceite, esta é uma noção quase científica: a de um mundo como uma rede de interconexões, de relações de causa e efeito.
A noção de interdependência assim entendida anda de mãos dadas com a noção de impermanência.

Vazio

Śūnyatā, termo sânscrito, em Devanāgarī शून्यता; em Pali suññata, em Chinês kōng 空, designa no Budismo o vazio ou ainsidade (tathatā) dos seres e das coisas, a sua ausência de ser em si mesmo, por outras palavras, a inexistência de qualquer essência, qualquer carácter fixo e imutável.
Aplica-se tanto às coisas como aos pensamentos e estados de espírito.
De acordo com o Budismo, tudo é em essência vazio (śūnyatā), tanto o samsâra como o nirvâna. Śūnyatā não significa "vazio". É uma palavra muito difícil de entender e definir. É com reserva que a traduzo como "vazio". A melhor definição, na minha opinião, é "interdependência", o que significa que tudo depende dos outros para existir. [Tudo é, por natureza, interdependente e, portanto, vazio da sua própria existência.
O vazio não esvazia as coisas do seu conteúdo; é a sua verdadeira natureza

Philippe Cornu, citando o filósofo Madhyamika Nāgārjuna,

Dicionário Enciclopédico do Budismo